Tragédia contemporânea contrastando poesia e vulgaridade. Conserva-se fiel ao expressionismo freudiano e realismo, o autor vem de encontro a preconceitos e inseguranças bem como à falsidade, ao juízo fundado na aparência e a condições unânimes. Arandir testemunha um atropelamento e ao socorrer a vítima, dá-lhe um beijo na boca a pedido do agonizante. É imediatamente acusado de homossexualismo pela imprensa e pela polícia. Ridicularizado perante a opinião pública os amigos e desamparado pela esposa (Selminha) vem a refugiar-se em uma pensão É visitado pelo sogro (Aprígio) que declara-lhe seu ódio, revelando-se apaixonado por ele e com ciúmes pelo fato de Arandir ter-se casado com Selminha e por vir a beijar outro . Com dos tiros Arandir é morto por Aprígio. Fragmento "(...) Em toda a minha vida, a única coisa que salva é o beijo no asfalto (...) É lindo! é lindo, eles não entendem. Lindo beijar quem está morrendo (grita). Eu não me arrependo! Eu não me arrependo." Cale-se. Preste Atenção "O morto é o grande personagem invisível, Arandir ao beijar o agonizante, beijou a morte na boca".
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Resumos / Material
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quinta-feira, 4 de março de 2010
terça-feira, 2 de março de 2010
O Auto do Frade - João Cabral de Mello Neto
Postado por Marlon às 19:10
O
Auto do frade tem como assunto o dia da morte do rebelde frei Caneca,
um dos líderes da Confederação do Equador que já estava preso há mais
de um ano. Está sendo preparado o cortejo, a população já se acumula do
lado de fora da cadeia, enquanto isso o frei tenta dormir enquanto
aguarda seu enforcamento. Como o juiz não havia chegado ao Tribunal de
Justiça por causa de uma viagem de 3 meses o corregedor decide que o
Frei Caneca será enforcado em praça pública, após percorrer a cidade
com uma corda enrolada no pescoço. Assim, Frei Caneca é retirado da
prisão e muito fraco percorre as Ruas de Recife, várias pessoas o
seguem em pleno meio da rua, em cada esquina mais gente se aproxima. Em
todos os lugares existem espectadores ao acontecimento abrangendo até
mesmo o governador e toda a sociedade em geral. Frei Caneca chega a
dizer algumas palavras, mas é obrigado a calar-se e até os gestos lhe
são proibidos. Seu comportamento podia representar grande perigo aos
oficiais que pregam ser ele um homem condenado à morte por trair o Rei
e pretender o separatismo com a Confederação do Equador. Lentamente o
cortejo vai levando o Frei que anda calado e sereno. Ao chegar à Igreja
do Terço, Frei Caneca é colocado no centro de um círculo formando de
policiais, com intuito de ninguém tentar soltá-lo ou se rebelar. Nesse
evento Frei Caneca é entregue ao oficial enviado pela Comissão do
imperador que o condenou à morte. O Frei solenemente anda no interior
de um círculo de policias. Ao chegar na Praça do Forte, onde será
executada a sentença de réu, o carrasco designado para matar o padre
recua, temendo a ação sobre ele de alguma força superior. Então todos
os carrascos se recusam a enforcar o padre, alegando que ele foi visto
"voando no céu". Mesmo espancados resistem a enforcá-lo. O Oficial de
Justiça oferece perdão dos crimes aos presos, comida farta, emprego,
cama e mesa a quem fosse voluntário para a execução. Contudo ninguém se
disponibiliza, nem mesmos os presos que queriam liberdade. Ocorre então
que após algumas horas de espera, decide-se formar um pelotão de doze
homens para o fuzilarem, pois nenhum destes ousaria fazê-lo sozinho.
Assim Frei Caneca é morto fuzilado.
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O Auto de São Lourenço - José de Anchieta
Postado por Marlon às 19:08É
dividido em cinco atos. No primeiro apresenta-se o martírio de São
Lourenço ao morrer queimado. No segundo ato São Lourenço, São Sebastião
e o Anjo da Guarda impedem que Guaixará (rei dos diabos) e seus servos
Aimbirê e Saraiva destruam uma aldeia indígena com o vício e o pecado.
No terceiro os dois servos demônios torturam Décio e Valeriano,
responsáveis pela morte de São Lourenço. No quarto o temor de Deus e o
Amor de Deus mandam sua mensagem de que os índios (público-alvo de José
de Anchieta) devem amar e temer a Deus que por eles tudo sacrificou. O
quinto é um jogral de doze crianças na procissão de São Lourenço. Assim
como os outros autos de José de Anchieta, este auto tem como objetivo a
catequese dos índios e usa elementos indígenas (foi escrito em tupi e
espanhol principalmente) para torná-los católicos.
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