
Resumos / Material
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sábado, 27 de fevereiro de 2010
O Anjo do Quarto Dia - Érico Veríssimo
Postado por Marlon às 09:22
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O Alienista - Machado de Assis
Postado por Marlon às 10:53
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
O Amanuense Belmiro - Cyro dos Anjos
Postado por Marlon às 13:57
O
romance é narrado na primeira pessoa pela personagem centra, Belmiro
Borba , solteirão tímido e sonhador, dotado de grande capacidade para
analisar a si próprio e aos outros, que vive modestamente em Belo
Horizonte com duas irmãs, "as velhas". Numa noite de Natal, resolve
iniciar uma espécie de diário, para registrar o cotidiano e evocar a
infância em Vila Caraibas , cuja saudade o persegue como doce obsessão.
Vemos então o desenrolar das suas meditações, o seu convívio com um
grupo, de amigos (Jandira, Silviano, Florêncio, Redelvim, Glicério ) ;
a sua paixão distante por uma jovem desconhecida da alta roda (
Carmélia); identificada na sua imaginação a uma personagem de lenda ( a
Donzela Arabela) e despertando na memória a lembrança de uma namorada
juvenil ( Camila) . Em tudo se nota que Belmiro foge a ação por meio do
sonho e da reflexão, dissolvendo de certo modo a realidade pela
excessiva aplicação da inteligência.
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
O Alcaíde de Satarém - Alexandre Herculano
Postado por Marlon às 13:56
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Novelas Nada Exemplares - Dalton Trevisan
Postado por Marlon às 07:24
Publicado em 1959, Novelas Nada Exemplares foi considerado como o verdadeiro marco inicial da trajetória de contista de Dalton Trevisan. Um dos contos, Pensão Nápoles, escrito na terceira pessoa, narra a trajetória de Chico por Curitiba. É descrita toda sua jornada pelas pensões que margeiam o rio Belém.Chico: “Escriturário, noivo, bigodinho, morou em todas as pensões: Primavera, Floriano, Bagdá.”Na infância também morou às margens do rio. Hoje esperançoso sonhava fugir para outra idade “— ah, Nápoles!” Chico sonhava se mudar para Nápoles, Itália.Chico frustrava-se e nunca conseguia mudar-se. Mudava de emprego, mudava de noiva e de pensão, mas continuava na mesma vidinha, presa às margens do rio Belém.Já tinha trinta anos, magrinho, Chico era um moço triste e achava que a solução era casar. Queria fugir do rio, mas acabou que “Naufragou com seus trastes na pensão Nápoles, não a escolheu pelo nome.”Estava condenado as pensões baratas que margeiam o rio. Contraiu o tifo preto que lhe deixou sem dinheiro e sem emprego.Chico amargava na tristeza e só tinha o abrigo da pensão, a única réstia de luz em sua vida. “Depois do tifo preto a pneumonia.” Chico lembrava-se de seu pai em meio às tardes queimando de febre. Seu pai nunca o esqueceu e sua mãe sempre conservou o seu prato sobre a mesa. Sentia saudades da família. “Chico, Chico, você voltou?”, dizia seu pai antes de morrer, sem ver seu filho que nunca visitou a família.“Se ao pai matou, às noivas mal não fez.” Chico amava a todas, mas elas o abandonavam e ele ficava a ronda de suas casas, adormecendo na garoa da noite fria. Estava doente e abandonado numa enfermaria coletiva.A narrativa acaba o conto numa elipse temporal, deixando em aberto o final triste de Chico.Texto escolhido:Tio GalileuA pobre mãe deu Betinho àquele homem: agradasse ao tio Galileu, com os dias contados, podia ser o herdeiro.Depois de partir lenha, puxar água do poço, limpar o poleiro do papagaio, o menino enxugava a louça para a cozinheira. Toda noite, Betinho subia a escada, para levar o urinol e tomar a bênção ao tio Galileu. Batia na porta: Entre, meu filho, O rapaz beijava a mão — branca, mole e úmida mãe-d’água. No domingo recebia a menor moeda, que o padrinho catava entre os nós do lenço xadrez.Tio Galileu raramente saía e, ao tirar o paletó, exibia duas rodelas de suor na camisa. Arrastava o pé, bufando, sempre a mão no peito. Afagava o papagaio, que sacudia o pescoço e eriçava a penugem: Piolhinho... piolhinho... Subindo a escada, dedos crispados no corrimão, isolava-se no quarto. O assobio através da porta: alegria de contar o dinheiro?Fechava a porta e conduzia a chave. Diante dele era feita a limpeza, pelo rapaz ou pela negra, nunca por Mercedes. Sentado na cama, coçando eterno pozinho na perna, vigiava. E não assobiava com alguém no quarto. Instalado na cama que, essa, ele mesmo arrumava, sem permitir que virassem o colchão de palha.Mercedes fazia compras, perfumada e de sombrinha azul. O homem discutia com ela, que o arruinava, por sua culpa sofria de angina.Domingo, a negra de folga, Betinho preparava o.café para Mercedes. Abria a porta, esperava acomodar-se à penumbra do quarto e, ao pousar a bandeja, sentia entre os lençóis a fragrância de maçã madura guardada na gaveta.Uma noite Mercedes surgiu no quarto de Betinho. Já deitado, luz apagada. Sentou-se ao pé da cama, casara com tio Galileu por ser velho, a anunciar que morria de uma hora para outra. Mentira, para iludir a pessoa e servir-se dela. Não sofria do coração, nem sabia o que era coração, a esconder mais dinheiro entre a palha. Ao crepitar o colchão lá no quarto o avarento remexia no tesouro.Um bruto, que a esquecia, dormindo em quarto separado, com medo fosse roubá-lo. Ó diabo, ela o xingou, pesteado como o papagaio louco, que a bicara ali no dedinho. O rapaz inclinou-se para beijar a unha de sangue. Mercedes ergueu-se e jurou que, se o monstro morresse, daria a Betinho o que lhe pedisse.O rapaz não pôde dormir. Meia hora depois, saltou a janela. Agarrou no poleiro o papagaio, cabeça escondida na asa — os piolhos corriam pelo bico de ponta quebrada. Torceu o pescoço do bicho e o enterrou no quintal.Dia seguinte o homem buscou a papagaio, a assobiar debaixo de cada árvore. Betinho sugeriu que a ave fugira. Foi colocar o vaso sob a cama e, ao tomar a bênção ao padrinho, o piolho correu de sua mão para a do velho — um dos piolhos vermelhos da peste.Mercedes voltou ao seu quarto. Reclinada na cadeira, amarrava e desamarrava o cinto. Noite quente, queixou-se do calor, abriu o quimono: inteirinha nua.— Vá — disse a mulher. — Vá, meu bem. Primeiro o papagaio. Agora o velho.Betinho ficou de pé. Tremia tanto, ela o amparou até a porta:— Vá, meu amor. A vez do velho.Hora de pedir a bênção. Betinho subiu a escada. Aos passos no corredor o avarento, entre a bulha do colchão, perguntava quem era. Aquela noite nada falou. Betinho abriu a porta, avançou lentamente a cabeça. Tio Galileu deitara-se vestido, o saquinho de fumo espalhado no colete de veludo. O último cigarro, sem poder enrolar a palha com os dedos imóveis... Olho arregalado, a boca negra não abençoou Betinho. Fazia-se de morto, nunca mais fingiria.Tio Galileu não gritou. Nem mesmo fechou o olho, mais fácil que o papagaio. Betinho afogou debaixo do travesseiro a boca arreganhada.Os pés descalços de Mercedes desciam a escada. Ele ergueu o colchão, rasgou o pano, revolveu a palha: nada. Deteve-se à escuta: os passos perdidos da mulher. Avisá-la que o velho os enganara.Era tarde, abria a janela aos gritos:— Ladrão. Assassino! Socorro...
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Nove Noites - Bernardo Carvalho
Postado por Marlon às 07:22Em fins da década de 1930 um grupo de antropólogos veio dos Estados Unidos para estudar grupos indígenas brasileiros. Jovens, estes antropólogos vieram graças a uma parceria entre o governo brasileiro e a Universidade de Columbia. Nove Noites narra uma investigação sobre a misteriosa morte de um antropólogo americano, Buell Quain, que se suicida após uma estada com os índios krahô, no Brasil, quando subitamente regressava à civilização. No meio da floresta, Quain, sem motivos aparentes, retalhou-se e enforcou-se na frente de dois índios horrorizados que o acompanhavam na volta para a cidade de Carolina.Este é o ponto de partida da narrativa de Bernardo Carvalho: um caso trágico, senão mórbido, perdido nos anos e na memória. Bernardo decidiu, a partir de tão poucas informações, tecer um romance utilizando a história fatídica de Buell Quain como base, entrelaçando história e ficção, texto jornalístico e um estranho narrador que entrecorta todo o livro.O narrador / confessor do antropólogo responde pela parte ficcional de Nove Noites, ao passo que o próprio Bernardo Carvalho encarna e responde pelo lado jornalístico, do levantamento de dados que indiquem os reais motivos que levaram Buell Quain a dar cabo de sua existência. Não se sabe quem investiga, até porque ninguém nunca lhe perguntou a razão da sua curiosidade. Há a desculpa de querer escrever um livro, que vai adiantando para não levantar suspeitas. A mistura que o autor tenta levar a termo é extremamente interessante como recurso literário: insere fotos e personagens da década de 1930 na história, como pessoas reais ou imaginárias, o leitor nunca sabe exatamente onde está pisando. Pela sua mão somos guiados por entrevistas com pessoas que privaram com Quain, arquivos públicos, e memórias deixadas em cartas, escritas pelo suicida antes de morrer, e por um seu amigo, com quem partilhou nove noites de conversas e revelações.São vários mistérios que se interligam, e adensam a narrativa, em que o leitor partilha a claustrofobia e evasão de identidade das personagens.Da mesma forma, Bernardo Carvalho abre um campo de especulação na mente do leitor, não somente sobre os motivos que ocasionaram a morte de Buell Quain, mas principalmente sobre o significado e as conseqüências da transferência de um jovem norte-americano para o interior das florestas brasileiras. O autor junta habilmente a realidade e a ficção, o romance e a investigação que desenvolveu sobre os índios e sobre o antropólogo. Como nos diz o próprio autor nos agradecimentos "é uma combinação de memória e imaginação, - como todo o romance, em maior ou menor grau, de forma mais ou menos direta".Em outras palavras, Nove Noites é um excelente exemplo do nem sempre salutar choque cultural.Trecho escolhido: Páginas 114 a 117Isto é para quando você vier. Ele voltou a Carolina sem sapatos. Queria passar o aniversário na cidade. Naquela noite, me falou de outra ilha. Me disse que eu não podia imaginar. Eu já não tinha imaginado antes, quando me falara da ilha onde havia passado dez meses entre os nativos do Pacífico, já fazia quatro anos, do outro lado do mundo. Agora, já não falava da mesma. Não era a ilha em que adormecera sob as estrelas, embalado pelas histórias que um nativo lhe contava do crepúsculo à aurora, ao longo de semanas ininterruptas.Me lembro de vê-lo rindo pela primeira vez da própria história, quando chegou a Carolina, quando me falou da ilha no Pacífico, ainda na primeira noite em que bebemos juntos, fazia mais de dois meses, comentando as cutucadas que o nativo lhe dava em vão, para mantê-lo acordado, e de como fiquei sem graça quando ele de repente parou de rir para assumir uma expressão grave e prosseguir o relato, dizendo que o nativo, diante da inutilidade das tentativas de mantê-lo desperto, terminava por se deitar ao seu lado também. Fiquei constrangido com a idéia de que pudesse pensar que eu estava cansado de suas histórias e de que, sem perceber, ele insinuasse alguma coisa ao me contar aquela.Quando o etnólogo acordava na sua ilha do Pacífico, o sol já estava alto e o contador de histórias tinha ido embora. Quando voltou a Carolina no final de maio, me mostrou orgulhoso a foto e o desenho que fizera de próprio punho, retratos de negros enormes e fortes, para que eu pudesse ter um a idéia do que me dizia. Eu não podia ter imaginado que a aldeia não ficava na praia, mas morro acima, até ele me falar da Floresta Interior, governada por um chefe que mantinha um dente de baleia pendurado no peito como símbolo de poder. Na ilha, os chefes eram sagrados, assim como tudo que eles tocavam. As aldeias na costa foram aculturadas pelos invasores de outras ilhas, que por sua vez foram influenciados pelos europeus.Só os nativos do interior mantinham intacto aquilo que ele procurava: uma sociedade em que, a despeito da rigidez das leis, os próprios indivíduos decidiam os seus papéis dentro de uma estrutura fixa e de um repertório predeterminado. Havia um leque de opções, embora restrito, e uma mobilidade interna. Foi o que ele me disse. sempre teve fascínio pelas ilhas. São universos isolados. Arrumou o primeiro emprego com apenas quinze anos e foi trabalhar, durante as férias de 1928, como " controlador do tempo e das horas" – foi nesses termos canhestros que ele tentou me explicar, com o auxílio de gestos, a sua tarefa no canteiro de obras de uma estrada de ferro numa região inexplorada no coração do Canadá, com a poesia involuntária dos que não conhecem a língua em que tentam se exprimir. Aproveitava os dias de folga para explorar as ilhas da região, rascunhando mapas que mandava para casa no lugar de cartas e que mostravam a sua posição no mundo. Avançava por rochedos e florestas de abetos, horas a fio a desbravar regiões desérticas em sua fantasia de pioneiro solitário, a embrenhar-se na natureza até não restar outra fronteira para sua liberdade além dos limites do próprio corpo, até nada além do corpo impedir a fusão com a paisagem em que já se dissolvera em espírito.Eram territórios que trilhava sozinho no verão ártico, infestado de mosquitos, e cujos mapas eram uma indissociável combinação da sua experiência e da sua imaginação. Assim como o que tento lhe reproduzir agora, e você terá que perdoar a precariedade das imagens de um humilde sertanejo que não conhecendo o mundo e nunca viu a neve e já não pode dissociar a sua própria imaginação do que ouviu. Mas não foi de nenhuma dessas ilhas que ele me falou quando voltou a Carolina descalço e humilhado no final de maio. Foi de uma outra, à qual se chegava de balsa, depois de duas horas de trem, vindo da cidade. Uma ilha que conheceu adulto. Falou de uma casa com vários quartos, todos ocupados por amigos.Já não se expressava com tristeza nem com alegria. E eu não saberia dizer que sentimentos guardava daquela lembrança. Contou de uma tarde em que, voltando de uma caminhada solitária pela praia, onde abandonara os colegas, deparou com a casa excepcionalmente vazia e um homem sentado na cozinha. E que, antes de poder se apresentar, o estranho, saindo da sombra, sacou de uma máquina fotográfica e registrou para sempre o espanto e o desconforto do antropólogo recém-chegado de um passeio na praia, surpreendido pelo desconhecido. Numa das noites em que veio à minha casa durante a sua passagem por Carolina, no final de maio, o dr. Buell confessou que viera ao Brasil com a missão de contrariar a imagem revelada naquele retrato. Como um desafio e uma aposta que fizera consigo mesmo. Havia sido traído pelo intruso e sua câmera.Não podia admitir que aquela fosse a sua imagem mais verdadeira: a expressão de espanto diante do desconhecido. Havia sido pego de surpresa pelo fotógrafo, antes de poder dizer qualquer coisa. E embora depois tenham se tornado amigos, por muito tempo o estranho não conseguiria tirar outra foto dele. Até irromper um dia em seu apartamento, sem avisar, decidido a fotografá-lo de qualquer jeito, depois de ter sabido que ele estava de partida para o Brasil. Queria uma lembrança do amigo antes de embarcar para a selva da América do Sul. Eu só sei que esse estranho era você.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Noite na Taverna - Álvares de Azevedo
Postado por Marlon às 04:41
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Noite de Almirante - Machado de Assis
Postado por Marlon às 04:39
sábado, 20 de fevereiro de 2010
No Tempo das Tangerinas - Urda Alice Klueger
Postado por Marlon às 04:38
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
No Moinho - Éça de Queiroz
Postado por Marlon às 10:34
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Negrinha - Monteiro Lobato
Postado por Marlon às 04:22
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Música do Parnazo - Manuel Botelho de Oliveira
Postado por Marlon às 04:21
É o primeiro livro impresso de autor brasileiro. A obra apresenta poesias em português, espanhol, italiano, latim e duas comédias em espanhol. Escreveu o poemeto "A Ilha da Maré" apontado como precursor do nativismo pitoresco. A maior parte da sua obra e, talvez, a melhor parte foi escrita em espanhol. O autor embora considerado de pouca expressão literária dentro do barroco é um marco da nossa literatura. Obs.: - A "Enciclopédia e Diccionário Internancional" - W. M. Jacksn Editor diz: Manoel Botelho de Oliveira. Poeta brasileiro nascido na Bahia em 1636 e m. em 1711. Formado em direito pela Universidade de Coimbra, dedicou-se à advocacia; Foi fidalgo da Casa Real, capitão mor de ordenanças e vereador municipal. Publicou em 1705 um livro de poesias , com o título: Música do Parnaso; Nalgumas delas descreve cenas do país e particularmente da Bahia; este livro encerra também duas comédias em verso: Hay amigo para amigo, e Amor enganos e zelos. Escreveu também a canção Sobre os males originados pelo ouro, e a Ode à Ilha da Maré.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Música ao Longe - Érico Veríssimo
Postado por Marlon às 04:19
A história é construída do ponto de vista da jovem Clarissa, personagem de romance homônimo do autor. Seu diário delineia um mundo interior emocionado e inquieto, oposto à monotonia e à decadência no mundo exterior. Agora com 16 anos e profesora em Jacarecanga, vive com a família que, de origem rica, está em declínio. Em meio à monotonia da cidadezinha do interior gaúcho e da tristeza pela dissolução de sua família, a jovem sonha com um acontecimento extraordinário. Este será através de sua aproximação crescente com o esquivo, agressivo e misterioso Vasco, que a desperta para o amor. Neste romance, que mereceu em 1935 o "Prêmio Machado de Assis", através de suas impressões vamos conhecendo as outras personagens: João de Deus, estancieiro arruinado; Jovino e Amâncio, ambos em dificuldades financeiras, dominados pelo vício; D. Zezé, uma velhinha que vive voltada para o passado; Cleonice e Pio, noivos há doze anos; Seu Leocádio, o velhote dos mistérios, dono do único telescópio que existe em Jacarecanga, charadista, poeta, músico e entendido em almanaques. Outras personagens desfilam, destacando-se entre elas Vasco, rapaz de aspecto selvagem, primo de Clarissa. O que vemos nessas páginas é a vida duma cidade do interior do Rio Grande desfilar em câmera lenta diante de nossos olhos. A história é escrita com simplicidade de linguagem e de construção. Faz parte da série de romances onde vemos Clarissa, Caminhos Cruzados e Um Lugar ao Sol. Música ao Longe ocupa um lugar definitivo na literatura brasileira e é uma dessas obras inteiramente realizadas, que tanto são lidas pelo seu valor intrínseco como pelo justo renome que possuem.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Morte e Vida Severina -João Cabral de Melo Neto
Postado por Marlon às 04:17
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo
Postado por Marlon às 04:16
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Modelo Políticos dos Farrapos - Moacyr Flores
Postado por Marlon às 03:53
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Minha Gente (Sagarana) - Guimarães Rosa
Postado por Marlon às 03:51PERSONAGENS: Doutor: O narrador é o protagonista. Só sabemos que é um "Doutor" por intermédio da fala de José Malvino, logo no início da narrativa: "( Se o senhor doutor está achando qlguma boniteza..."), fora isso, nem mesmo seu nome é mencioando. Santana: Inspetor escolar intinerante. Bonachão e culto. Tem memória prodigiosa. É um tipo de servidor público facilmente encontrável. José Malvino: Roceiro que acompanha o protagonista na viagem para a fazendo do Tio Emílio. Conhece os caminhos e sabe interpretar os sinais que neles encontra. Atencioso, desconfiado, prestitavo e supersticioso. Tio Emílio: Fazendeiro e chefe político, para ele é uma forma de afirmação pessoal. É a satisfação de vencer o jogo para tripudiar sobre o adversário. Maria Irma: Prima do protagonista e primeiro objeto de seu amor. É inteligente, determinada, sibilina. Elabora um plano de ação e não se afasta dele até atingir seus objetivos. Não abre seu coração para ninguém, mas sabe e faz o que quer. Bento Porfírio: Empregado da fazendo de Tio Emílio. É companheiro de pescaria do protagonista e termina assassinado pelo marido da mulher com quem mantinha um romance. O CONTO: O protagonista-narrador vai passar uma temporada na fazenda de seu tio Emílio, no interior de Minas Gerais. Na viagem é acompanhada por Santana, inspetor escolar, e José Malvino. na fazenda, seu tio está envolvido em uma campanha política. O narrador testemunha o assassinato de Bento Porfírio, mas o crime não interfere no andamento da rotina da fazenda. O narrador tenta conquistar o amor da prima Maria Irma e acaba sendo manipulado pro ela e termina casando-se com Armanda, que era noiva de Ramiro Gouvea. Maria Irma casa-se com Ramiro. Histórias entrecuzam-se na narativa: a do vaqueiro que buscava uma rês descagarrada e que provocara os marinbondos contra dois ajudantes; o moleque Nicanor que pegava cavalos usando apenas artimanhas; Bento Porfírio assassinado por Alexandre Cabaça; o plano de Maria Irma para casar-se com Ramiro. Mesmo contendo os elementos usuais dos outros contos analisados até aqui, este conto difere no foco narrativo ena linguagem utilizada nos demais. O autor utiliza uma linguagem mais formal, sem grandes concessões aos coloquialismos e onomatopéias sertanejas. Alguns neologismos aparecem: suaviloqüência, filiforme, sossegovitch, sapatogorof - mas longe da melopéia vaqueira tão gosto do autor. A novidade do foco narrativo em primeira pessoa faz desaperecer o narrador onisciente classíco, entretanto quando a ação é centrada em personagens secundárias - Nicanor, por exemplo - a oniscência fica transparente. É um conto que fala mais do apego à vida, fauna, flora e costumes de Minas Gerais que de uma história plana com princípios, meio e fim. Os "causos" que se entrelaçam para compor a trama narrativa são meros pretextos para dar corpo a um sentimento de integração e encantamento com a terra natal.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Mensagem - Fernando Pessoa
Postado por Marlon às 03:48
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Menino de Engênho - José Lins do Rêgo
Postado por Marlon às 15:11
Narrado na primeira pessoa, por Carlos Melo, é o primeiro livro do ciclo da cana- de- açúcar. O que constatamos é que o biógrafo foi superado pela imaginação criadora do romancista. A realidade bruta é recriada através da criatividade do gênero nordestino. É a história típica , natural e sem retoques de uma criança , Carlos , órfão de pai e mãe e que , aos oito anos de idade, vem viver com o avô , o maior proprietário de terras da região- Coronel José Paulino. Carlos é criado sem a repressão familiar e mesmo sem os cuidados e atenções que lhe seriam necessárias diante das experiências da vida. Vê o mundo, aprende o bem e o mal e chega a uma talvez precocidade acerca dos hábitos que lhe eram "proibidos", mas inevitáveis de serem adquiridos. Pela ausência de orientação, torna-se viciado, corrompido aos doze anos de idade. Além dos problemas íntimos do menino desorientado para a vida e para o sexo , temos a análise do mundo em que vivia, visto por Carlos, que é a personagem narradora. Carlos vê o avô como um verdadeiro Deus, uma figura de grandiosidade inatingível. O Engenho é o mundo , um império, de onde o coronel José Paulino dirige, guia os destinos de todos. E , em conseqüência , Carlos considera-se e é considerado pelos servos, escravos e agregados o "coronelzinho" cujas vontades têm que ser rigorosamente realizadas. Descreve com emoção a vida dos escravos, a senzala, o sofrimento e os castigos do "tronco" . Outra cena a ser destacada é a "enchente" do rio, vista através dos sustos e admiração de Carlos. Uma descrição de grandiosidade bíblica. Também vêm à tona as superstições e crendices comuns entre as camadas populares, como a do "lobisomem". O romance se passa na região limítrofe entre Pernambuco e Paraíba, o que é deduzido através das descrições de paisagem e da vida dos engenhos de açúcar. São mostrados os bandidos , cangaceiros, comuns na região , como única forma de reação social de um povo oprimido . Personagens: Tia Maria- moça que, com ternura, amor, e carinho vai substituir a mãe na memória de Carlos. Tio Juca- tio que , levando o menino da cidade para o engenho, apresenta-lhe o mundo novo do engenho e também o próprio avô. Tia Sinhazinha velha de uns sessenta anos despótica, que dirigia o engenho. Casada com um dos homens mais ricos da região, de quem estava separada desde o começo do matrimônio, esta velha tirânica será o tormento da vida do menino. As negras , os moleques, todos tinham que se submeter à sua dureza e crueldade.
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Memórias Sentimentais de João Miramar - Oswaldo de Andrade
Postado por Marlon às 15:09
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
Postado por Marlon às 15:05
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos
Postado por Marlon às 14:24
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Memórias de Um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
Postado por Marlon às 05:52
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Memorial do Convento - José Saramago
Postado por Marlon às 05:50
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Macunaíma - Mário de Andrade
Postado por Marlon às 05:20
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